Passado o carnaval, vêm as tais premiações. Melhor cantor, melhor cantora, bloco, música e um sem-número de categorias que nem sempre refletem o que realmente houve de melhor durante a folia.
No Troféu Band Folia, por exemplo, a grande vencedora foi Cláudia Leitte e sua Babado Novo (?!). Juntos, a loira e sua equipe, levaram os títulos de melhor cantora, melhor banda e melhor música, por Exttravasa.
Ora, uma cantora que tem uma noção distorcida do que é afinação ganhar como melhor cantora já é demais. Mas uma música que ninguém mais tocou além dela mesma ganhar como melhor música do carnaval, é o fim da picada!
Mesmo com letra fácil e ritmica simples, a "Toda Boa" de Márcio Vitor (Psirico) era, de longe, a candidata mais forte à música do carnaval - mesmo com todo o lobby que o cantor fez com os amigos artistas e a imprensa.
Como sempre fico com um gostinho de querer mudar o resultado das premiações, preparei uma lista dos vencedores segundo minhas observações. Então lá vai. E o Troféu Band Folia 2008 vai para:
Melhor cantora: Margareth Menezes
Melhor cantor: Saulo Fernandes
Melhor música: Toda Boa (Psirico)
Melhor banda: Banda do Bem (Ivete Sangalo)
Cantora Revelação: Larissa Luz
Cantor Revelação: Fredd Moura
E por falar em Fredd Moura, bem que poderíamos ter um troféu para eleger os piores do carnaval também...ao melhor estilo Framboesa de Ouro. Com certeza, nessa lista estariam a companheira de Fredd, Katê, como a pior cantora e a banda Voadois como a "pior banda revelação". Depois de mais de um ano de zoada regada por muito marketing, sendo alardeada como a sensação do verão e do carnaval, a Voadois definitivamente não decolou.
Fredd que pule fora enquanto é tempo. Vamos esperar que a única semelhança dele como o colega Tatau continue sendo o timbre vocal e que ele não espere tanto tempo quanto o colega mais experiente para perceber o melhor momento de seguir um outro caminho.
Saudações musicais!
Daniel
sábado, fevereiro 09, 2008
O Carnaval das Mudanças
A marca deste carnaval, em Salvador, foram as mudanças.
Tivemos três cantores partindo para a carreira-solo e novos cantores chegando: Tomate deixa o Rapazolla e parte para a carreira-solo. Em seu lugar, entra Leandro Lopes, o Pica-pau do programa Ídolos. Já Tatau, que também parte para um trabalho sozinho, cede o lugar para Larissa Luz. E a princesa do axé, Cláudia Leitte, deixa o Babado Novo para continuar a carreira com seus próprios pés. Apesar de algumas especulações, ainda não se sabe quem assumirá os vocais do BN no lugar dela.
Dos dois novos cantores já conhecidos, Larissa deve ter uma carreira promissora. Depois de uma safra de cantoras da geração pós-Daniela Mercury (Gilmelândia, Mariella e mais uma meia dúzia) e da geração das que se inspiraram em Ivete Sangalo, incluindo aí a própria Cláudia Leitte e, mais recentemente, a enfadonha Katê, Larissa é que se pode chamar de diferente de tudo. Com timbre próprio e muita personalidade, LL deve ser uma boa promessa que vai melhorar ao longo dos anos. Ponto pra Vera Lacerda, sempre visionária!
Já Leandro, à exceção dos cabelos vermelhos, não parece ter outras características que o levem a ser metade do cantor explosivo e carismático que Tomate mostrou ser.
Apesar de uma boa voz, Leandro não tem formação para o axé e nem mesmo o próprio timbre rouco e diferente deve ajudá-lo. Deverá mais um a se perder pelo caminho.
Quanto aos veteranos, a maior aposta é mesmo em Tomate. Apesar de ele não ter a experiência de Tatau nem as pernas de Cláudia Leitte, se o cantor mantiver a mesma energia e forma visceral de cantar, aliadas a um bom repertório e à boa-vontade de mkt que foi usada com a pseudo-banda Voadois, ele tem boas chances de alcançar uma projeção nacional que nunca chegou a ter com a Rapazolla.
Tatau não pode ser colocado no mesmo patamar de Durval Lélis e Bell Marques. Ele, sem dúvida, é um cantor superior a esses dois últimos. Porém, o ex-morador do bairro de Periperi não tem o carisma dos outros dois e nem a ousadia e jovialidade de Tomate. Talvez Tatau tenha esperado demais para se decidir sair em solo. O tempo já passou.
Cláudia Leitte tem a seu favor a mídia, uma enorme legião de fãs e sua beleza. Contra: o fato de ser extremamente desafinada. Mas como no Brasil, para fazer sucesso esse não tem sido um dos requisitos primordias, nada se pode dizer ao certo da carreira-solo da loura.
O fato de ela partir para essa empreitada com a mesma estrutura de administração, produção e banda também a deixam num nível muito mais confortável que os outros colegas.
É esperar pra ver.
Saudações musicais!
Daniel
Tivemos três cantores partindo para a carreira-solo e novos cantores chegando: Tomate deixa o Rapazolla e parte para a carreira-solo. Em seu lugar, entra Leandro Lopes, o Pica-pau do programa Ídolos. Já Tatau, que também parte para um trabalho sozinho, cede o lugar para Larissa Luz. E a princesa do axé, Cláudia Leitte, deixa o Babado Novo para continuar a carreira com seus próprios pés. Apesar de algumas especulações, ainda não se sabe quem assumirá os vocais do BN no lugar dela.
Dos dois novos cantores já conhecidos, Larissa deve ter uma carreira promissora. Depois de uma safra de cantoras da geração pós-Daniela Mercury (Gilmelândia, Mariella e mais uma meia dúzia) e da geração das que se inspiraram em Ivete Sangalo, incluindo aí a própria Cláudia Leitte e, mais recentemente, a enfadonha Katê, Larissa é que se pode chamar de diferente de tudo. Com timbre próprio e muita personalidade, LL deve ser uma boa promessa que vai melhorar ao longo dos anos. Ponto pra Vera Lacerda, sempre visionária!
Já Leandro, à exceção dos cabelos vermelhos, não parece ter outras características que o levem a ser metade do cantor explosivo e carismático que Tomate mostrou ser.
Apesar de uma boa voz, Leandro não tem formação para o axé e nem mesmo o próprio timbre rouco e diferente deve ajudá-lo. Deverá mais um a se perder pelo caminho.
Quanto aos veteranos, a maior aposta é mesmo em Tomate. Apesar de ele não ter a experiência de Tatau nem as pernas de Cláudia Leitte, se o cantor mantiver a mesma energia e forma visceral de cantar, aliadas a um bom repertório e à boa-vontade de mkt que foi usada com a pseudo-banda Voadois, ele tem boas chances de alcançar uma projeção nacional que nunca chegou a ter com a Rapazolla.
Tatau não pode ser colocado no mesmo patamar de Durval Lélis e Bell Marques. Ele, sem dúvida, é um cantor superior a esses dois últimos. Porém, o ex-morador do bairro de Periperi não tem o carisma dos outros dois e nem a ousadia e jovialidade de Tomate. Talvez Tatau tenha esperado demais para se decidir sair em solo. O tempo já passou.
Cláudia Leitte tem a seu favor a mídia, uma enorme legião de fãs e sua beleza. Contra: o fato de ser extremamente desafinada. Mas como no Brasil, para fazer sucesso esse não tem sido um dos requisitos primordias, nada se pode dizer ao certo da carreira-solo da loura.
O fato de ela partir para essa empreitada com a mesma estrutura de administração, produção e banda também a deixam num nível muito mais confortável que os outros colegas.
É esperar pra ver.
Saudações musicais!
Daniel
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